Pfeffer, autor de vários livros sobre teoria organizacional e recursos humanos, num dos seus livros argumenta que o sistema de trabalho atual adoece e mata as pessoas.
Numa sociedade onde o ritmo acelerado e a produtividade são valorizados acima de tudo, os trabalhadores muitas vezes enfrentam cargas de trabalho extenuantes, horários irregulares e uma pressão constante para alcançar metas e prazos apertados. Esta mentalidade de "trabalhar até à exaustão" pode levar a uma série de problemas de saúde, incluindo stress crónico, burnout, distúrbios do sono, ansiedade e depressão.
Além disso, a falta de equilíbrio entre vida profissional e pessoal pode levar a um aumento do absentismo no trabalho, uma diminuição da produtividade e um aumento dos custos de saúde para as empresas e para a sociedade em geral. No entanto, apesar destas consequências negativas, muitas vezes há uma falta de reconhecimento e apoio adequado por parte dos empregadores para lidar com estas questões.
Um dos principais culpados por este fenómeno é a cultura de trabalho tóxica que valoriza a quantidade sobre a qualidade, e que muitas vezes recompensa o sacrifício pessoal em nome do sucesso profissional. Esta mentalidade pode ser alimentada por uma série de fatores, incluindo a competição no mercado de trabalho, a pressão para aumentar os lucros das empresas e a falta de regulamentação adequada para proteger os direitos dos trabalhadores.
Para combater este problema, é fundamental uma mudança de mentalidade que valorize o bem-estar dos trabalhadores e promova um ambiente de trabalho saudável e equilibrado. Isso requer um compromisso por parte dos empregadores em implementar políticas que promovam o equilíbrio entre vida profissional e pessoal, ofereçam apoio psicológico e emocional aos trabalhadores e reconheçam e recompensem o desempenho de forma justa e equitativa.
Além disso, é necessário um maior envolvimento por parte dos governos, sindicatos e outras partes interessadas para garantir que os direitos dos trabalhadores sejam protegidos e que existam mecanismos eficazes para combater a exploração e o abuso no local de trabalho.