A Marinha abre concurso externo para recrutamento de Professor Auxiliar na área de Telecomunicações
A Marinha Portuguesa, no âmbito do seu compromisso com a excelência académica e o desenvolvimento das telecomunicações no setor militar-naval, anunciou a abertura de um concurso externo para a contratação de um Professor Auxiliar na área de Telecomunicações. Esta oportunidade insere-se no quadro de necessidades da Escola Naval, unidade de ensino superior militar responsável pela formação de oficiais da Marinha, garantindo a transmissão de conhecimento técnico e científico essencial ao desempenho das funções operacionais e estratégicas desta força armada.
Este procedimento concursal decorre da autorização concedida pelo Chefe do Estado-Maior da Armada, conforme despacho de 26 de fevereiro de 2024, em resposta à proposta 07/2024 apresentada pela Escola Naval. O concurso é regido pelo Estatuto da Carreira Docente Universitária (ECDU), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 448/79, de 13 de novembro, com as alterações introduzidas pelos diplomas subsequentes. A presente vaga será preenchida por um contrato de trabalho por tempo indeterminado, integrando o mapa de pessoal civil docente da Escola Naval.
O candidato selecionado assumirá funções na docência de várias unidades curriculares, incluindo Antenas, Propagação, Sistemas de Radar, Rádio-ajudas e Telecomunicações, com um enfoque específico na aplicação militar-naval destas áreas. Além do ensino, terá um papel ativo na investigação e inovação tecnológicas, colaborando com o Centro de Investigação Naval (CINAV) em projetos estratégicos que abrangem comunicações militares, guerra eletrónica, sistemas de inteligência de sinais (SIGINT), Directed Energy Weapons (DEW) e sistemas de comunicações submarinas.
A candidatura a este concurso está aberta a indivíduos titulares do grau de Doutor na área de Telecomunicações ou afim, em conformidade com o artigo 37.º do ECDU. Caso o doutoramento tenha sido obtido no estrangeiro, deverá ser reconhecido por uma instituição de ensino superior portuguesa, de acordo com o Decreto-Lei n.º 66/2018, de 16 de agosto. Este requisito deverá ser preenchido antes do termo do prazo de candidatura.
O processo de candidatura exige a apresentação de um conjunto de documentos obrigatórios, incluindo o requerimento dirigido ao Presidente do Júri, curriculum vitae atualizado, certificado de registo criminal, plano de desenvolvimento de carreira e um relatório pedagógico detalhado sobre a estrutura de uma unidade curricular. A entrega pode ser feita pessoalmente na Escola Naval, via correio registado ou por e-mail, respeitando o prazo estipulado no aviso publicado no Diário da República.
O processo de seleção será conduzido por um júri especializado, que avaliará os candidatos com base em três vertentes principais: Desempenho Científico (35%), Capacidade Pedagógica (45%) e Desempenho noutras Atividades Relevantes (20%). Será valorizada a produção científica, a orientação de projetos de investigação, a participação em júris de doutoramento e mestrado, a experiência docente, bem como a capacidade de contribuir para a missão estratégica da Marinha. Poderá consultar o concurso na BEP, ou aqui.