O Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) revelou que no final de outubro haviam quase 24 mil vagas por preencher.
Desde junho que as vagas de emprego disponíveis no IEFP que ninguém quer, não há concorrentes ou que não há perfis adequados para as referidas vagas, anda a rondar os 24 mil postos disponíveis. De acordo com o IEFP, em outubro houve um aumento de empregos com vagas por preencher, superior a 54%.
Esta situação também está a refletir o que foi o ano de 2020 devido à pandemia e aos sucessivos confinamentos que se viveu. Ainda assim, as 23,6 mil ofertas de emprego não preenchidas até ao final do mês de Outubro são dos níveis mais elevados desde 1977.
Apesar de o IEFP indicar que o desemprego tem vindo a baixar, uma vez que o ritmo das colocações está a aumentar de forma rápida, o que ajuda a diminuir a pressão sobre a Segurança Social, uma vez que assim deixam de pagar subsídios de desemprego, ainda assim o número de novas vagas tem vindo a aumentar a um ritmo superior, o que provoca um desajustamento entre procura e oferta (os números de postos de trabalho que estão vazios à procura de novos funcionários estão a aumentar mais rápido que as colocações).
Ainda assim esta realidade pode ser bem mais grave do que aquilo que o IEFP apresenta. Pois no IEFP só está registada uma parcela do mercado de trabalho a nível nacional, pois existem milhares de ofertas de emprego em outras empresas que não estão registadas na plataforma pública do IEFP.
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